O presente projeto “Soletrando na Escola,” proposto pela professora Antoniana Escolart Ferreira da Silva, para ser desenvolvido com os alunos do 5º ano da Escola Municipal “Ana Ramos dos Santos” tem como finalidade desenvolver um estudo da atual discussão sobre os métodos para aquisição da linguagem escrita e propor atividades criativas e inovadoras para serem implantadas na re-elaboração do PPP da escola para o ano de 2009.
JUSTIFICATIVA
A preocupação em analisar de forma mais detalhada as questões relacionadas à aprendizagem tem sido tema de estudo de vários educadores e estudiosos. Contudo, faz-se necessário investir em mais pesquisas nesse sentido, a fim de possibilitar a criação de atividades facilitadoras para a aprendizagem da língua escrita.
Considerando nossas experiências e estudos adquiridos ao longo do exercício do Magistério, podemos afirmar que a aprendizagem da linguagem escrita é um processo complexo. Isso se deve a várias razões, dentre as quais duas merecem destaque: escrita não é fonética (não escrevemos como falamos); a escrita é etimológica (são escritas conforme a sua origem).
De acordo com Soares (2003) existem ainda duas situações contraditórias consideradas como graves nesse sentido. Antes das concepções construtivistas havia método e não havia teoria; “hoje há uma bela teoria e não há método”. Porém, não considera as novas propostas como erradas, o que considera equívoco é entender que para o conhecimento ser construído pela própria criança não necessita haver método.
As reflexões apresentadas por Soares reforçam nosso interesse em desenvolver uma pesquisa com o objetivo primordial de demonstrar que a alfabetização é uma parte constituinte da prática da leitura e da escrita, tendo, portanto especificidades que não podem ser desprezadas e incluí-las no PPP da escola.
No sentido de atender a necessidade de criar atividades facilitadoras da aprendizagem da língua, estimulando a escrita correta das palavras de forma lúdica e dinâmica, valorizando assim, a ortografia dentro da Língua Portuguesa, nasceu a ideia de realizar, em várias etapas, uma gincana ortográfica com os alunos do 5º ano. Estes apresentam trocas ortográficas e fazem confusão de letras, conhecido como disortografia. E inspirando no programa de entretenimento “Soletrando” do Luciano Huck o projeto recebeu o título de: Soletrando na Escola.
OBJETIVOS
GERAL
Propor atividades que estimulem aos alunos escreverem conforme as normas ortográficas para serem implantadas no PPP da escola.
ESPECÍFICOS
Refletir sobre as experiências didáticas que estão sendo oferecidas.
Oferecer um ambiente desafiante e estimulador do desenvolvimento do aluno.
Apresentar aos alunos atividades interventivas e inovadoras que estimulem a escrita correta das palavras.
Motivar os alunos através da competição saudável.
Ampliar o vocabulário dos alunos através do contato com novas palavras e o uso do dicionário.
Despertar o interesse em escrever de acordo com as normas ortográficas em vigência.
Implantar no PPP da escola atividades que além de intervir no processo de desenvolvimento da escrita, no sentido de corrigir a deficiência ortográfica, possam também estimular a competição saudável entre os alunos.
HIPÓTESES
Hipóteses em relação à deficiência ortográfica no País:
A concepção de alfabetização associada ao construtivismo chegou ao País na mesma época que o conceito de letramento, nos anos 80. Trazendo consigo a questão da progressão continuada, entendida erroneamente como promoção automática.
O comodismo de alguns profissionais, apoiados apenas na formação inicial, impede que estes se dediquem na auto-formação, isto é, estejam em constantes buscas refletindo e avaliando as propostas e mudanças com capacidade de inovar mantendo as experiências positivas adquiridas anteriormente.
Diretrizes que orientam a ação na escola:
Neste projeto, a intenção é superar os problemas em relação à deficiência ortográfica na escola, sobretudo do 5º ano. Para isso estamos propondo algumas atividades interventivas e inovadoras que estimulam os alunos através da competição saudável.
De acordo com os PCNs comentados na Revista Nova Escola, “desde cedo as crianças devem entender que é preciso escrever corretamente.” (p.11). Cabe, portanto a escola rever sua proposta pedagógica de modo a incluir projetos estimuladores desta aprendizagem, pois “ler e escrever são atividades que se complementam”. (p.6).
Consciente dessa importância será desenvolvido no 5º ano, nos meses de fevereiro, março e abril uma gincana ortográfica, como ação para diminuir as dificuldades ortográficas.
Para isso, os alunos farão o estudo prévio de palavras selecionadas pela professora e repassadas em forma de apostilas para estudos; usarão dicionários da Língua Portuguesa a fim de verificar a grafia e significados; treinarão em forma de ditado, sendo cada turma separadamente.
Posteriormente a professora selecionará seis alunos para competir na 2ª etapa. Destes, serão selecionados três alunos de cada turma, sendo 1º, 2º e 3º lugar de cada turma e em sequência será realizado a etapa final classificando apenas um finalista, porém deverão ser premiados todos os classificados de cada turma conforme a classificação.
Para as premiações os recursos serão buscados na própria comunidade: pais, comerciantes, autoridades ou recursos da própria prefeitura.
Serão utilizados como recursos materiais durante as classificações: papel, xerocadora, máquina fotográfica, filmadora e som com microfone.
Quanto aos recursos humanos os envolvidos são: a diretora, coordenadora, secretária, professora e alunos.
MARCO TEÓRICO
De acordo com as considerações feitas pelo MEC através do Pro Letramento Alfabetização e Linguagem (2007), historicamente o conceito de alfabetização se identificou ao ensino-aprendizado da tecnologia da escrita, isto é, a capacidade de decodificar os sinais gráficos e codificar os sons da fala. Considerando, portanto que a ampliação desse conceito só aconteceu a partir dos anos 80 com os trabalhos de Emília Ferreiro e Teberosky.
Nesse sentido, fundamentamos também em Soares (2003), que considera a década de 80 como marco inicial para as investigações relacionadas às questões da aquisição da escrita. Acrescenta ainda que até então, o ensino estava centrado na escolha de um método para a alfabetização.
Por coincidência, na mesma época da concepção construtivista chegou ao País o conceito de letramento trazendo junto à questão da progressão continuada que segundo Soares (2003) “por equívocos e por inferências falsas, passou-se a ignorar ou a menosprezar a especificidade da escrita. Codificar e decodificar viraram nomes feios”. (p.17). A partir daí alfabetizadores, que ficam se esforçando para que seus alunos aprendam a ler e escrever são consideradas retrógadas e ultrapassadas como se isso não tivesse que ser feito.
Em se tratando de alfabetização, Ferreiro (2003) faz a seguinte observação: “Considero alfabetização não um estado, mas um processo. Ele tem início bem cedo e não termina nunca”. (p.28). Esse processo para Ferreiro é desencadeado como o acesso à cultura escrita, portanto discorda do uso concomitante dos termos alfabetização e letramento. Diz ser um retrocesso, pois letramento seria o contato do aluno com diversos tipos de texto, ou seja, compreender o que lê, enquanto alfabetização seria apenas decodificação. Completa: “o uso de letramento em vez de alfabetização, tudo bem. A coexistência dos dois termos é que não funciona”. (IBID, p.30)
Enquanto Soares considera que em virtude dos níveis de analfabetismo chegar a zero nos países pós-industrializados transferiu-se a preocupação com o analfabetismo pelos “níveis de letramento” afirmando que há uma nova realidade social a qual exige a necessidade de responder as exigências de leitura e escrita feitas a todo momento pela sociedade moderna, ou seja, “o letrado seria aquele que se envolve nas práticas sociais de leitura e escrita, o que, obviamente, altera seu estado ou condição do ponto de vista social, cultural, político, cognitivo, lingüístico e até econômico”, (SOARES apud BORTONE, 2000:160), e assim, não se resume apenas à condição de quem aprendeu a ler e escrever. Concordando, portanto com uso do termo alfabetização.
Porém, no que se refere a propostas Soares não as considera como erradas, afirmando que não discorda da proposta construtivista. Concorda plenamente que para aprender qualquer coisa é necessário interagir com o objeto. No entanto, fica indignada com a falsa concepção de que se for adotada uma teoria construtivista não se pode ter método, como se tais fossem incompatíveis. Considera que o desprestígio ao processo de ensinar a ler e escrever como técnica veio do modo como se considera codificar e decodificar.
É possível observar a necessidade de método também na fala de Ferreiro (2003) quando diz: “A língua tem propriedades de ser partida em unidades de distintos tipos até chegar às letras. Aí não pode dividir mais. Essa é uma habilidade humana. A divisão em sílabas se dá praticamente em todas as culturas”. (p.28)
Diante da presente fala, confirma-se que a teoria construtivista não teve a intenção de condenar os métodos de alfabetização. A sua pretensão era de que o alfabetizador se conscientizasse que o processo de aprendizagem começa muito antes de a criança submeter-se ao ensino sistematizado.
Percebemos bem recente certa preocupação em relação a grandes mudanças repentinas na Educação, também na fala do atual ministro da educação, Fernando Haddad, para o jornal Gazeta Mercantil e citado por Beatriz Vichesse na Nova Escola: “Não gosto da palavra revolução para tratar de Educação. Os países que têm um bom sistema de ensino levaram mais de um século para construí-lo”. (HADDAD apud VICHESSI, 2008:36).
Finalizamos, portanto com Soares (2003) que propõe que reflitamos sobre o risco de reinventarmos a alfabetização. Porém, que o reinventar não seja um retrocesso, mas que venha garantir a recuperação de sua especificidade, pois o avanço acontece quando conseguimos acumular o que aprendemos, “juntando a ele às novidades que o presente traz”. (p.20).
AVALIAÇÃO
A avaliação do desenvolvimento do aluno nas diferentes fases da aprendizagem será vista como processo contínuo envolvendo conhecimentos adquiridos, habilidades, formação de hábitos e atitudes, conforme os objetivos propostos.
Nesse sentido, é de fundamental importância que alguns aspectos sejam considerados:
Auto- avaliação – o próprio aluno avalia seu índice de acertos e aprendizagem.
Avaliação recíproca – Os alunos avaliam-se mutuamente, uns corrigindo os outros ou avaliando atitudes entre si.
Avaliação da professora – a professora avalia cada aluno pelo índice de acertos, pelo interesse em participar e, sobretudo pela aprendizagem adquirida no decorrer da realização do projeto.
CONSIDERAÇÕES (pós realização do projeto)
Os resultados foram bastante satisfatórios, pois os alunos estão indo até a biblioteca da escola espontaneamente, fazendo empréstimos de livros literários, selecionando palavras e reunindo em grupinhos para soletrarem palavras diferentes, com a ideia de que estão brincando. Como essa brincadeira deles nos deixa feliz! Percebemos, com isso, que o objetivo de ampliar o vocabulário dos alunos através do contato com novas palavras e uso do dicionário está rumo a ser alcançado.
Essa atitude, por parte dos alunos, contribuiu para pensarmos na possibilidade da próxima etapa (segundo semestre), ser com um grande número de palavras sugeridas pelos próprios alunos, envolvendo-os cada vez mais. E ainda, estamos prevendo continuar com essa atividade uma vez por semana, enquanto o resultado estiver sendo satisfatório.
JUSTIFICATIVA
A preocupação em analisar de forma mais detalhada as questões relacionadas à aprendizagem tem sido tema de estudo de vários educadores e estudiosos. Contudo, faz-se necessário investir em mais pesquisas nesse sentido, a fim de possibilitar a criação de atividades facilitadoras para a aprendizagem da língua escrita.
Considerando nossas experiências e estudos adquiridos ao longo do exercício do Magistério, podemos afirmar que a aprendizagem da linguagem escrita é um processo complexo. Isso se deve a várias razões, dentre as quais duas merecem destaque: escrita não é fonética (não escrevemos como falamos); a escrita é etimológica (são escritas conforme a sua origem).
De acordo com Soares (2003) existem ainda duas situações contraditórias consideradas como graves nesse sentido. Antes das concepções construtivistas havia método e não havia teoria; “hoje há uma bela teoria e não há método”. Porém, não considera as novas propostas como erradas, o que considera equívoco é entender que para o conhecimento ser construído pela própria criança não necessita haver método.
As reflexões apresentadas por Soares reforçam nosso interesse em desenvolver uma pesquisa com o objetivo primordial de demonstrar que a alfabetização é uma parte constituinte da prática da leitura e da escrita, tendo, portanto especificidades que não podem ser desprezadas e incluí-las no PPP da escola.
No sentido de atender a necessidade de criar atividades facilitadoras da aprendizagem da língua, estimulando a escrita correta das palavras de forma lúdica e dinâmica, valorizando assim, a ortografia dentro da Língua Portuguesa, nasceu a ideia de realizar, em várias etapas, uma gincana ortográfica com os alunos do 5º ano. Estes apresentam trocas ortográficas e fazem confusão de letras, conhecido como disortografia. E inspirando no programa de entretenimento “Soletrando” do Luciano Huck o projeto recebeu o título de: Soletrando na Escola.
OBJETIVOS
GERAL
Propor atividades que estimulem aos alunos escreverem conforme as normas ortográficas para serem implantadas no PPP da escola.
ESPECÍFICOS
Refletir sobre as experiências didáticas que estão sendo oferecidas.
Oferecer um ambiente desafiante e estimulador do desenvolvimento do aluno.
Apresentar aos alunos atividades interventivas e inovadoras que estimulem a escrita correta das palavras.
Motivar os alunos através da competição saudável.
Ampliar o vocabulário dos alunos através do contato com novas palavras e o uso do dicionário.
Despertar o interesse em escrever de acordo com as normas ortográficas em vigência.
Implantar no PPP da escola atividades que além de intervir no processo de desenvolvimento da escrita, no sentido de corrigir a deficiência ortográfica, possam também estimular a competição saudável entre os alunos.
HIPÓTESES
Hipóteses em relação à deficiência ortográfica no País:
A concepção de alfabetização associada ao construtivismo chegou ao País na mesma época que o conceito de letramento, nos anos 80. Trazendo consigo a questão da progressão continuada, entendida erroneamente como promoção automática.
O comodismo de alguns profissionais, apoiados apenas na formação inicial, impede que estes se dediquem na auto-formação, isto é, estejam em constantes buscas refletindo e avaliando as propostas e mudanças com capacidade de inovar mantendo as experiências positivas adquiridas anteriormente.
Diretrizes que orientam a ação na escola:
Neste projeto, a intenção é superar os problemas em relação à deficiência ortográfica na escola, sobretudo do 5º ano. Para isso estamos propondo algumas atividades interventivas e inovadoras que estimulam os alunos através da competição saudável.
De acordo com os PCNs comentados na Revista Nova Escola, “desde cedo as crianças devem entender que é preciso escrever corretamente.” (p.11). Cabe, portanto a escola rever sua proposta pedagógica de modo a incluir projetos estimuladores desta aprendizagem, pois “ler e escrever são atividades que se complementam”. (p.6).
Consciente dessa importância será desenvolvido no 5º ano, nos meses de fevereiro, março e abril uma gincana ortográfica, como ação para diminuir as dificuldades ortográficas.
Para isso, os alunos farão o estudo prévio de palavras selecionadas pela professora e repassadas em forma de apostilas para estudos; usarão dicionários da Língua Portuguesa a fim de verificar a grafia e significados; treinarão em forma de ditado, sendo cada turma separadamente.
Posteriormente a professora selecionará seis alunos para competir na 2ª etapa. Destes, serão selecionados três alunos de cada turma, sendo 1º, 2º e 3º lugar de cada turma e em sequência será realizado a etapa final classificando apenas um finalista, porém deverão ser premiados todos os classificados de cada turma conforme a classificação.
Para as premiações os recursos serão buscados na própria comunidade: pais, comerciantes, autoridades ou recursos da própria prefeitura.
Serão utilizados como recursos materiais durante as classificações: papel, xerocadora, máquina fotográfica, filmadora e som com microfone.
Quanto aos recursos humanos os envolvidos são: a diretora, coordenadora, secretária, professora e alunos.
MARCO TEÓRICO
De acordo com as considerações feitas pelo MEC através do Pro Letramento Alfabetização e Linguagem (2007), historicamente o conceito de alfabetização se identificou ao ensino-aprendizado da tecnologia da escrita, isto é, a capacidade de decodificar os sinais gráficos e codificar os sons da fala. Considerando, portanto que a ampliação desse conceito só aconteceu a partir dos anos 80 com os trabalhos de Emília Ferreiro e Teberosky.
Nesse sentido, fundamentamos também em Soares (2003), que considera a década de 80 como marco inicial para as investigações relacionadas às questões da aquisição da escrita. Acrescenta ainda que até então, o ensino estava centrado na escolha de um método para a alfabetização.
Por coincidência, na mesma época da concepção construtivista chegou ao País o conceito de letramento trazendo junto à questão da progressão continuada que segundo Soares (2003) “por equívocos e por inferências falsas, passou-se a ignorar ou a menosprezar a especificidade da escrita. Codificar e decodificar viraram nomes feios”. (p.17). A partir daí alfabetizadores, que ficam se esforçando para que seus alunos aprendam a ler e escrever são consideradas retrógadas e ultrapassadas como se isso não tivesse que ser feito.
Em se tratando de alfabetização, Ferreiro (2003) faz a seguinte observação: “Considero alfabetização não um estado, mas um processo. Ele tem início bem cedo e não termina nunca”. (p.28). Esse processo para Ferreiro é desencadeado como o acesso à cultura escrita, portanto discorda do uso concomitante dos termos alfabetização e letramento. Diz ser um retrocesso, pois letramento seria o contato do aluno com diversos tipos de texto, ou seja, compreender o que lê, enquanto alfabetização seria apenas decodificação. Completa: “o uso de letramento em vez de alfabetização, tudo bem. A coexistência dos dois termos é que não funciona”. (IBID, p.30)
Enquanto Soares considera que em virtude dos níveis de analfabetismo chegar a zero nos países pós-industrializados transferiu-se a preocupação com o analfabetismo pelos “níveis de letramento” afirmando que há uma nova realidade social a qual exige a necessidade de responder as exigências de leitura e escrita feitas a todo momento pela sociedade moderna, ou seja, “o letrado seria aquele que se envolve nas práticas sociais de leitura e escrita, o que, obviamente, altera seu estado ou condição do ponto de vista social, cultural, político, cognitivo, lingüístico e até econômico”, (SOARES apud BORTONE, 2000:160), e assim, não se resume apenas à condição de quem aprendeu a ler e escrever. Concordando, portanto com uso do termo alfabetização.
Porém, no que se refere a propostas Soares não as considera como erradas, afirmando que não discorda da proposta construtivista. Concorda plenamente que para aprender qualquer coisa é necessário interagir com o objeto. No entanto, fica indignada com a falsa concepção de que se for adotada uma teoria construtivista não se pode ter método, como se tais fossem incompatíveis. Considera que o desprestígio ao processo de ensinar a ler e escrever como técnica veio do modo como se considera codificar e decodificar.
É possível observar a necessidade de método também na fala de Ferreiro (2003) quando diz: “A língua tem propriedades de ser partida em unidades de distintos tipos até chegar às letras. Aí não pode dividir mais. Essa é uma habilidade humana. A divisão em sílabas se dá praticamente em todas as culturas”. (p.28)
Diante da presente fala, confirma-se que a teoria construtivista não teve a intenção de condenar os métodos de alfabetização. A sua pretensão era de que o alfabetizador se conscientizasse que o processo de aprendizagem começa muito antes de a criança submeter-se ao ensino sistematizado.
Percebemos bem recente certa preocupação em relação a grandes mudanças repentinas na Educação, também na fala do atual ministro da educação, Fernando Haddad, para o jornal Gazeta Mercantil e citado por Beatriz Vichesse na Nova Escola: “Não gosto da palavra revolução para tratar de Educação. Os países que têm um bom sistema de ensino levaram mais de um século para construí-lo”. (HADDAD apud VICHESSI, 2008:36).
Finalizamos, portanto com Soares (2003) que propõe que reflitamos sobre o risco de reinventarmos a alfabetização. Porém, que o reinventar não seja um retrocesso, mas que venha garantir a recuperação de sua especificidade, pois o avanço acontece quando conseguimos acumular o que aprendemos, “juntando a ele às novidades que o presente traz”. (p.20).
AVALIAÇÃO
A avaliação do desenvolvimento do aluno nas diferentes fases da aprendizagem será vista como processo contínuo envolvendo conhecimentos adquiridos, habilidades, formação de hábitos e atitudes, conforme os objetivos propostos.
Nesse sentido, é de fundamental importância que alguns aspectos sejam considerados:
Auto- avaliação – o próprio aluno avalia seu índice de acertos e aprendizagem.
Avaliação recíproca – Os alunos avaliam-se mutuamente, uns corrigindo os outros ou avaliando atitudes entre si.
Avaliação da professora – a professora avalia cada aluno pelo índice de acertos, pelo interesse em participar e, sobretudo pela aprendizagem adquirida no decorrer da realização do projeto.
CONSIDERAÇÕES (pós realização do projeto)
Os resultados foram bastante satisfatórios, pois os alunos estão indo até a biblioteca da escola espontaneamente, fazendo empréstimos de livros literários, selecionando palavras e reunindo em grupinhos para soletrarem palavras diferentes, com a ideia de que estão brincando. Como essa brincadeira deles nos deixa feliz! Percebemos, com isso, que o objetivo de ampliar o vocabulário dos alunos através do contato com novas palavras e uso do dicionário está rumo a ser alcançado.
Essa atitude, por parte dos alunos, contribuiu para pensarmos na possibilidade da próxima etapa (segundo semestre), ser com um grande número de palavras sugeridas pelos próprios alunos, envolvendo-os cada vez mais. E ainda, estamos prevendo continuar com essa atividade uma vez por semana, enquanto o resultado estiver sendo satisfatório.
Olá
ResponderExcluirTambém sou pedagoga.
Mas, o que me deixou curiosa foi seu nome. Tenho uma prima que mora em Goiás com este nome.
O pai dela, meu tio, se chamava Manoel. Gostaria de saber se é você?
Moro em Minas.