sexta-feira, 3 de julho de 2009

AS NOVAS TECNOLOGIAS E A EDUCAÇÃO


As novas tecnologias, cada vez mais, fazem parte da educação. Nossas crianças estão nascendo em uma geração onde tudo ou quase tudo se “clica” e a escola não pode ignorar o que se passa no mundo, pois corre o risco de ficar desqualificada. Para Sette, (2005, p. 1, 2). “A escola é o lócus para o desenvolvimento das capacidades cognitivas, sensitivas e de sociabilidade das crianças e adolescentes, o qual, associado à utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação potencializa o processo de construção do conhecimento e de cidadania”
Diante disso, refletir sobre as questões relacionadas às Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) nesse momento, se constitui uma necessidade, já que vivemos um momento da era da informatização. A escola não pode ficar alheia ao que acontece no mundo. Afinal, uma escola é considerada de qualidade quando esta, em seu processo educacional, forma cidadãos participativos e conscientes de suas atitudes.
Em se tratando de formação para uma vida cidadã sabemos até mesmo pela nossa experiência vivenciada nas escolas, que para formarmos alunos cidadãos, não devemos visar apenas o futuro. Mas, temos que permitir ou criar situações para que estes vivenciem atitudes de cidadania na escola, hoje. Caso contrário, dificilmente estes alunos desenvolverão tais atitudes fora da escola, no futuro. Portanto, é de grande importância que os profissionais da educação estejam “todos envolvidos no processo, na busca de uma educação com qualidade social” (Sette, 2005, p.3).
Em decorrência dos desafios serem imensos, não é momento para acomodação. É momento de a escola estar, mais do que nunca, atenta. Existe uma grande parte das escolas brasileiras que além de não poder contar com espaços físicos, equipamentos, mobiliários e materiais adequados, não sabe lidar com tais recursos. Por isso, se a escola se acomodar corre o risco de tornar desqualificada, ultrapassada.
A questão da formação dos profissionais da educação é também um grande desafio, pois esta deverá acontecer constantemente, já que as mudanças no setor tecnológico são constantes.
Existe, ainda, outra questão que merece atenção por parte das escolas que já possuem tais recursos disponíveis: saber “dosar” o uso destes em atividades com alunos, para não correr o risco de tornar e/ou formar escravos da máquina. Acreditamos que seja de fundamental importância a utilização destes instrumentos como recursos auxiliares nas atividades escolares tanto para a comunicação e a informação, como para a troca de experiências e divulgação de atividades, de modo que favoreça a interação e participação da comunidade escolar como um todo. Mas, ressaltamos que é necessário ter certa cautela quanto ao seu uso excessivo nas atividades pedagógicas, para que estes sejam, realmente, tratados como recursos, e nunca venham assumir a função de “protagonista das ações” da escola.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

CONCURSO DE REDAÇÃO – DIA DA ECOLOGIA

O concurso de redação com temas relacionados ao Meio Ambiente é realizado duas vezes ao ano: no mês de junho (Dia da Ecologia; e em setembro(Semana da Árvore). E tem como objetivo favorecer a participação ativa do aluno na elaboração de conhecimentos do espaço em seu entorno de um modo mais crítico à sua época, possibilitando ainda relacioná-los a outras informações e outras realidades, construindo propostas para problemas de diferentes naturezas com os quais se defrontam na realidade.
Nesse sentido,no primeiro concurso de redação abordamos o tema “Meio Ambiente”, um tema transversal, propondo a construção de um diálogo entre dois peixes “neto e avô” que se encontram assustados com a poluição no fundo do rio, “a casa deles”.

PROJETO- DIA DA ECOLOGIA-05 DE JUNHO –

JUSTIFICATIVA
O meio ambiente e a ecologia tem sido motivo de preocupação no mundo todo. Portanto é de fundamental importância o desenvolvimento de projetos relacionados a esse assunto nas escolas; não só pela simples obtenção de informações ou pela constatação de conhecimentos já elaborados, mas por favorecer a participação ativa do aluno na elaboração de conhecimentos, possibilitando ainda o relacioná-los a outras informações e outras realidades.
OBJETIVO GERAL
O presente projeto visa despertar no aluno a compreensão de modo mais crítico a sua época e o espaço em seu entorno, o transporte desse conhecimento adquirido para fora da situação escolar, construindo propostas e soluções para problemas de diferentes naturezas com os quais se defronta na realidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Identificar os recursos naturais;
• Reconhecer a importância dos recursos naturais e seu aproveitamento;
• Reconhecer a população urbana como maior agente poluidora e destruidora da natureza atualmente;
• Desenvolver nos alunos a consciência de respeito pelas pessoas tornando-as capazes de participar de sua comunidade enquanto cidadãos, contribuindo para melhoria do meio em que vivem;
• Despertar a consciência ecológica, o amor à natureza e a necessidade de sua preservação;
• Reconhecer a necessidade de evitar desperdícios de água, energia, alimentos e de até materiais escolares é uma importante atitude de preservação ambiental.

METODOLOGIA
A metodologia proposta é participativa, baseiam-se em pesquisas, textos de apoio e discussões. As mensagens educativas, a criação de slogans, os acrósticos, os comentários e em seguida as produções de textos visam produzir reflexões sobre a realidade em que estamos enfrentando quanto a necessidade de unirmos em prol da preservação do Meio Ambiente.

DESENVOLVIMENTO

 Leitura individual e, ou coletiva de assuntos cujos temas estejam relacionados ao Meio de Ambiente;
 Analisar e criar classificados ecológicos;
 Pintura de alguns desenhos relacionados ao tema;
 Leitura e reflexão de algumas mensagens educativas;
 Criar um acróstico ecológico com a palavra ecologia;
 Formar slogans de conscientização ecológica;
 Escrever um texto com o tema “O desmatamento e seus efeitos”;
 Escrever placas de alerta para proteger os rios da poluição;
 Escrever um texto contando o que está para acontecer com o mico- leão-dourado, ameaçado de extinção, apontando o que precisamos fazer para ajudá-lo;
 Observar alguns quadros e escrever um texto com tema “Preservando a Natureza”.

AVALIAÇÃO:
O aluno será avaliado através da participação, interesse, apresentações de sugestões, cooperação, redação das placas, formação dos slogans e na argumentação nas produções de textos propostas.

PROJETO: O CIRCO E OS ANIMAIS (15 de março)

JUSTIFICATIVA
Os animais, sempre estiveram lado a lado com o homem, através dos tempos.
Foram os animais que, com seu trabalho, com sua carne, com seu couro, permitiram que o homem sobrevivesse e construísse as diversas civilizações. De um modo ou de outro os animais são úteis ao homem. Devemos, portanto, cuidar bem dos animais que temos em casa e respeitar os animais que vivem nas matas.
OBJETIVO GERAL
O presente projeto visa em seu desenvolvimento, levar o aluno a compreensão de que o circo é um lugar de diversão para o homem, porém os animais não devem ser usados como forma de divertimento, mas devem viver em seu ambiente natural.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Identificar vários tipos de profissionais que trabalham no circo;
 Conhecer a Declaração Universal dos Direitos dos Animais;
 Identificar as semelhanças e diferenças entre os animais do circo;
 Destacar os animais ameaçados de extinção;
 Destacar que os animais que vivem em liberdade vivem mais tempo do que os no cativeiro;
 Desenvolver a produção de texto.

METODOLOGIA
A metodologia proposta é participativa, baseiam-se em pesquisas, textos de apoio e discussões. A resolução de atividades propostas visa produzir reflexões sobre a exposição de animais às cenas no cinema, na televisão, como também em apresentações em circo.

DESENVOLVIMENTO:
Leitura de textos de apoio (Projeto Circo e Dia dos Animais, Declaração dos Direitos dos Animais, Animais de Estimação e Animais Ameaçados de Extinção, Poema: Meus bichinhos).
Produção de texto:
 Escrever um pequeno texto relatando como foi a sua visita ao circo. Caso você nunca tenha visitado um circo escreva um texto fictício.
Pesquisas e trabalhos em grupo:
 Utilidade dos animais;
 Gravuras de animais cuidando dos filhotes;
 Recortes de jornais notícias sobre ataques de animais ferozes ao ser humano (cães, tubarões, etc.);
 Animais em extinção no Brasil e no mundo;
 Animais que serve de alimento ao homem, meio de transporte (cavalo, burro), como matéria-prima (couro, pele ossos), animais domésticos (cachorro, gato, papagaio, passarinho, peixe, etc.);
 Animais como personagens de fábulas, histórias e desenhos animados;
 Pesquisar em revistas e observar na TV propagandas que tenham animais e comentar;
 Pesquisar nomes de cidades e países que tenham nomes de animais.
Analisar quadro
 Quadro com tempo de vida média de alguns animais quando estes estão em liberdade.

 Escrever um texto sobre os animais ameaçados de extinção explicando as causas e conseqüências desse problema.

AVALIAÇÃO
A avaliação acontecerá no decorrer das atividades, respeitando o nível de compreensão de cada aluno.

PROJETO:CONSERVAÇÃO DO SOLO-15 de abril

CONSERVAÇÃO DO SOLO

JUSTIFICATIVA:
O homem aprendeu a lavrar o solo, a plantar e a colher. Porém com o passar dos anos o próprio homem foi destruindo a fertilidade do solo. Hoje, as providências em função da conservação do solo têm se tornado urgente.

OBJETIVOS:
 Conhecer os diferentes tipos de solo.
 Conscientizar do valor do solo na germinação das sementes.
 Reconhecer que a exploração exagerada do solo destrói sua fertilidade.
 Reconhecer a necessidade de cuidar bem do solo.

DESENVOLVIMENTO:
• Leitura de vários textos relacionados ao assunto inclusive os textos sugeridos no livro didático.
• Atividades de interpretação dos textos e exploração gramatical.
• Pesquisas e confecção de cartazes relacionados ao tema.
• Apresentação teatral.

AVALIAÇÃO
O aluno será avaliado através da realização das atividades propostas.

ESCOLA DE BEM COM O MEIO AMBIENTE



Fonte: Revista Ouvidor em Ação




Muito se discute no meio educacional e na sociedade sobre a verdadeira função da escola, já que a mesma desempenha diversas funções. No entanto, temos consciência que a finalidade primordial da escola é oferecer um ensino de qualidade, formando desde a infância, cidadãos críticos, reflexivos, participativos e preparados para os desafios modernos.
Nesse sentido, a proposta pedagógica da Escola Municipal “Ana Ramos dos Santos”, visa constituir um espaço que propicie condições de aprendizagem, construção do pensamento coletivo e a realização de um trabalho coerente. Dessa forma, tem a preocupação em organizar projetos voltados para questões ambientais e ecológicas. Projetos esses que se caracterizam, principalmente, na participação, pois a participação possibilita ao educando oportunidades para desenvolver uma sensibilização aos problemas ambientais.
Nos projetos realizados até o momento, acreditamos que os pontos que merecem maior destaque são as caminhadas ecológicas, quando todos os profissionais da escola, alunos e representantes de diferentes segmentos da sociedade tem a oportunidade de plantar várias mudas de árvores em sítios vizinhos. Mas, são desenvolvidos diferentes tipos de atividades que além de interdisciplinarizar as áreas do Currículo Básico, facilitam a inclusão de assuntos referentes aos Temas Transversais. No caso do específico do Meio Ambiente podemos destacar ainda: pesquisas; confecção e exposição de cartazes; criação de slogans e classificados ecológicos; peças teatrais; concursos de redação e vários outros tipos de produção textual.
Em suma, partindo do princípio que a aprendizagem da cidadania nasce no meio em que vivemos e que para termos qualidade de vida e deveres como cidadãos é preciso estar, antes de tudo, pronto às mudanças em relação ao meio ambiente; toda a comunidade escolar tem procurado participar ativamente, transformando todos os dias em “Dia do Meio Ambiente”.


PROJETO: SOLETRANDO NA ESCOLA

O presente projeto “Soletrando na Escola,” proposto pela professora Antoniana Escolart Ferreira da Silva, para ser desenvolvido com os alunos do 5º ano da Escola Municipal “Ana Ramos dos Santos” tem como finalidade desenvolver um estudo da atual discussão sobre os métodos para aquisição da linguagem escrita e propor atividades criativas e inovadoras para serem implantadas na re-elaboração do PPP da escola para o ano de 2009.

JUSTIFICATIVA

A preocupação em analisar de forma mais detalhada as questões relacionadas à aprendizagem tem sido tema de estudo de vários educadores e estudiosos. Contudo, faz-se necessário investir em mais pesquisas nesse sentido, a fim de possibilitar a criação de atividades facilitadoras para a aprendizagem da língua escrita.
Considerando nossas experiências e estudos adquiridos ao longo do exercício do Magistério, podemos afirmar que a aprendizagem da linguagem escrita é um processo complexo. Isso se deve a várias razões, dentre as quais duas merecem destaque: escrita não é fonética (não escrevemos como falamos); a escrita é etimológica (são escritas conforme a sua origem).
De acordo com Soares (2003) existem ainda duas situações contraditórias consideradas como graves nesse sentido. Antes das concepções construtivistas havia método e não havia teoria; “hoje há uma bela teoria e não há método”. Porém, não considera as novas propostas como erradas, o que considera equívoco é entender que para o conhecimento ser construído pela própria criança não necessita haver método.
As reflexões apresentadas por Soares reforçam nosso interesse em desenvolver uma pesquisa com o objetivo primordial de demonstrar que a alfabetização é uma parte constituinte da prática da leitura e da escrita, tendo, portanto especificidades que não podem ser desprezadas e incluí-las no PPP da escola.
No sentido de atender a necessidade de criar atividades facilitadoras da aprendizagem da língua, estimulando a escrita correta das palavras de forma lúdica e dinâmica, valorizando assim, a ortografia dentro da Língua Portuguesa, nasceu a ideia de realizar, em várias etapas, uma gincana ortográfica com os alunos do 5º ano. Estes apresentam trocas ortográficas e fazem confusão de letras, conhecido como disortografia. E inspirando no programa de entretenimento “Soletrando” do Luciano Huck o projeto recebeu o título de: Soletrando na Escola.

OBJETIVOS

GERAL
 Propor atividades que estimulem aos alunos escreverem conforme as normas ortográficas para serem implantadas no PPP da escola.

ESPECÍFICOS
 Refletir sobre as experiências didáticas que estão sendo oferecidas.
 Oferecer um ambiente desafiante e estimulador do desenvolvimento do aluno.
 Apresentar aos alunos atividades interventivas e inovadoras que estimulem a escrita correta das palavras.
 Motivar os alunos através da competição saudável.
 Ampliar o vocabulário dos alunos através do contato com novas palavras e o uso do dicionário.
 Despertar o interesse em escrever de acordo com as normas ortográficas em vigência.
 Implantar no PPP da escola atividades que além de intervir no processo de desenvolvimento da escrita, no sentido de corrigir a deficiência ortográfica, possam também estimular a competição saudável entre os alunos.


HIPÓTESES

Hipóteses em relação à deficiência ortográfica no País:
A concepção de alfabetização associada ao construtivismo chegou ao País na mesma época que o conceito de letramento, nos anos 80. Trazendo consigo a questão da progressão continuada, entendida erroneamente como promoção automática.
O comodismo de alguns profissionais, apoiados apenas na formação inicial, impede que estes se dediquem na auto-formação, isto é, estejam em constantes buscas refletindo e avaliando as propostas e mudanças com capacidade de inovar mantendo as experiências positivas adquiridas anteriormente.

Diretrizes que orientam a ação na escola:
Neste projeto, a intenção é superar os problemas em relação à deficiência ortográfica na escola, sobretudo do 5º ano. Para isso estamos propondo algumas atividades interventivas e inovadoras que estimulam os alunos através da competição saudável.
De acordo com os PCNs comentados na Revista Nova Escola, “desde cedo as crianças devem entender que é preciso escrever corretamente.” (p.11). Cabe, portanto a escola rever sua proposta pedagógica de modo a incluir projetos estimuladores desta aprendizagem, pois “ler e escrever são atividades que se complementam”. (p.6).
Consciente dessa importância será desenvolvido no 5º ano, nos meses de fevereiro, março e abril uma gincana ortográfica, como ação para diminuir as dificuldades ortográficas.
Para isso, os alunos farão o estudo prévio de palavras selecionadas pela professora e repassadas em forma de apostilas para estudos; usarão dicionários da Língua Portuguesa a fim de verificar a grafia e significados; treinarão em forma de ditado, sendo cada turma separadamente.
Posteriormente a professora selecionará seis alunos para competir na 2ª etapa. Destes, serão selecionados três alunos de cada turma, sendo 1º, 2º e 3º lugar de cada turma e em sequência será realizado a etapa final classificando apenas um finalista, porém deverão ser premiados todos os classificados de cada turma conforme a classificação.
Para as premiações os recursos serão buscados na própria comunidade: pais, comerciantes, autoridades ou recursos da própria prefeitura.
Serão utilizados como recursos materiais durante as classificações: papel, xerocadora, máquina fotográfica, filmadora e som com microfone.
Quanto aos recursos humanos os envolvidos são: a diretora, coordenadora, secretária, professora e alunos.

MARCO TEÓRICO

De acordo com as considerações feitas pelo MEC através do Pro Letramento Alfabetização e Linguagem (2007), historicamente o conceito de alfabetização se identificou ao ensino-aprendizado da tecnologia da escrita, isto é, a capacidade de decodificar os sinais gráficos e codificar os sons da fala. Considerando, portanto que a ampliação desse conceito só aconteceu a partir dos anos 80 com os trabalhos de Emília Ferreiro e Teberosky.
Nesse sentido, fundamentamos também em Soares (2003), que considera a década de 80 como marco inicial para as investigações relacionadas às questões da aquisição da escrita. Acrescenta ainda que até então, o ensino estava centrado na escolha de um método para a alfabetização.
Por coincidência, na mesma época da concepção construtivista chegou ao País o conceito de letramento trazendo junto à questão da progressão continuada que segundo Soares (2003) “por equívocos e por inferências falsas, passou-se a ignorar ou a menosprezar a especificidade da escrita. Codificar e decodificar viraram nomes feios”. (p.17). A partir daí alfabetizadores, que ficam se esforçando para que seus alunos aprendam a ler e escrever são consideradas retrógadas e ultrapassadas como se isso não tivesse que ser feito.
Em se tratando de alfabetização, Ferreiro (2003) faz a seguinte observação: “Considero alfabetização não um estado, mas um processo. Ele tem início bem cedo e não termina nunca”. (p.28). Esse processo para Ferreiro é desencadeado como o acesso à cultura escrita, portanto discorda do uso concomitante dos termos alfabetização e letramento. Diz ser um retrocesso, pois letramento seria o contato do aluno com diversos tipos de texto, ou seja, compreender o que lê, enquanto alfabetização seria apenas decodificação. Completa: “o uso de letramento em vez de alfabetização, tudo bem. A coexistência dos dois termos é que não funciona”. (IBID, p.30)
Enquanto Soares considera que em virtude dos níveis de analfabetismo chegar a zero nos países pós-industrializados transferiu-se a preocupação com o analfabetismo pelos “níveis de letramento” afirmando que há uma nova realidade social a qual exige a necessidade de responder as exigências de leitura e escrita feitas a todo momento pela sociedade moderna, ou seja, “o letrado seria aquele que se envolve nas práticas sociais de leitura e escrita, o que, obviamente, altera seu estado ou condição do ponto de vista social, cultural, político, cognitivo, lingüístico e até econômico”, (SOARES apud BORTONE, 2000:160), e assim, não se resume apenas à condição de quem aprendeu a ler e escrever. Concordando, portanto com uso do termo alfabetização.
Porém, no que se refere a propostas Soares não as considera como erradas, afirmando que não discorda da proposta construtivista. Concorda plenamente que para aprender qualquer coisa é necessário interagir com o objeto. No entanto, fica indignada com a falsa concepção de que se for adotada uma teoria construtivista não se pode ter método, como se tais fossem incompatíveis. Considera que o desprestígio ao processo de ensinar a ler e escrever como técnica veio do modo como se considera codificar e decodificar.
É possível observar a necessidade de método também na fala de Ferreiro (2003) quando diz: “A língua tem propriedades de ser partida em unidades de distintos tipos até chegar às letras. Aí não pode dividir mais. Essa é uma habilidade humana. A divisão em sílabas se dá praticamente em todas as culturas”. (p.28)
Diante da presente fala, confirma-se que a teoria construtivista não teve a intenção de condenar os métodos de alfabetização. A sua pretensão era de que o alfabetizador se conscientizasse que o processo de aprendizagem começa muito antes de a criança submeter-se ao ensino sistematizado.
Percebemos bem recente certa preocupação em relação a grandes mudanças repentinas na Educação, também na fala do atual ministro da educação, Fernando Haddad, para o jornal Gazeta Mercantil e citado por Beatriz Vichesse na Nova Escola: “Não gosto da palavra revolução para tratar de Educação. Os países que têm um bom sistema de ensino levaram mais de um século para construí-lo”. (HADDAD apud VICHESSI, 2008:36).
Finalizamos, portanto com Soares (2003) que propõe que reflitamos sobre o risco de reinventarmos a alfabetização. Porém, que o reinventar não seja um retrocesso, mas que venha garantir a recuperação de sua especificidade, pois o avanço acontece quando conseguimos acumular o que aprendemos, “juntando a ele às novidades que o presente traz”. (p.20).


AVALIAÇÃO
A avaliação do desenvolvimento do aluno nas diferentes fases da aprendizagem será vista como processo contínuo envolvendo conhecimentos adquiridos, habilidades, formação de hábitos e atitudes, conforme os objetivos propostos.
Nesse sentido, é de fundamental importância que alguns aspectos sejam considerados:
 Auto- avaliação – o próprio aluno avalia seu índice de acertos e aprendizagem.
 Avaliação recíproca – Os alunos avaliam-se mutuamente, uns corrigindo os outros ou avaliando atitudes entre si.
 Avaliação da professora – a professora avalia cada aluno pelo índice de acertos, pelo interesse em participar e, sobretudo pela aprendizagem adquirida no decorrer da realização do projeto.


CONSIDERAÇÕES (pós realização do projeto)
Os resultados foram bastante satisfatórios, pois os alunos estão indo até a biblioteca da escola espontaneamente, fazendo empréstimos de livros literários, selecionando palavras e reunindo em grupinhos para soletrarem palavras diferentes, com a ideia de que estão brincando. Como essa brincadeira deles nos deixa feliz! Percebemos, com isso, que o objetivo de ampliar o vocabulário dos alunos através do contato com novas palavras e uso do dicionário está rumo a ser alcançado.
Essa atitude, por parte dos alunos, contribuiu para pensarmos na possibilidade da próxima etapa (segundo semestre), ser com um grande número de palavras sugeridas pelos próprios alunos, envolvendo-os cada vez mais. E ainda, estamos prevendo continuar com essa atividade uma vez por semana, enquanto o resultado estiver sendo satisfatório.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

HISTÓRICO DE CRIAÇÃO DA ESCOLA


Fonte:Revista Ouvidor em Ação

A Escola Municipal “Ana Ramos dos Santos” foi autorizada em 06 de março de 1995. Até então funcionava apenas como creche e oferecia ensino apenas para o jardim I.
A referida escola foi criada no ano de 1994, e a creche transformou-se em Creche e Escola Municipal “Ana Ramos dos Santos” com o objetivo de ministrar a Educação Infantil e a Iª Fase do Ensino Fundamental. A autorização de funcionamento se deu no dia seis de março de 1995.
Embora Creche e Escola possuam o mesmo nome, atualmente funcionam em prédios separados.
As séries foram implantadas gradativamente, vindo a atender todas as séries da Iª Fase do Ensino Fundamental somente de 1998 em diante.
O breve histórico apenas resgata um pouquinho da história da escola. Temos consciência do longo caminho a percorrer para tornar realidade muitos sonhos e ideais.

História do Município de Ouvidor



Fonte: Revista Ouvidor em Ação


Toda cidade tem sua história, suas riquezas, suas lendas ou tradições e Ouvidor não é diferente. O início da história de Ouvidor se confunde com a chegada da Estrada de Ferro no Sul de Goiás. Mas para entendermos melhor essa história, vamos voltar um pouco mais no tempo.
No ano da Independência, em 1822, a Província de Goiás estava dividida em apenas dois municípios: o do Norte e o do Sul. O do Sul era o Município de Goiás, com sede na velha capital, e correspondia, aproximadamente, ao território que o estado de Goiás tem hoje. Esse município era dividido em distritos, chamados de julgados. O município de Goiás tinha, então, seis julgados (mapa abaixo).

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Fonte: SEBRAE - Projeto se Liga no Futuro


Dez anos depois, o governo da Província começou a transformar os julgados em municípios para administrar melhor o território. O território do julgado de Santa Cruz era tão grande que ocupava todo o sudeste de Goiás. Em 1833, o julgado de Santa Cruz foi dividido em três, para permitir a criação dos três municípios do Sudeste: Santa Cruz, Bonfim (Silvânia) e Catalão.
Ao longo do século 19, muita gente migrou para o sul de Goiás, sobretudo mineiros e paulistas, quando surgiram novos núcleos de concentração de população. Mais tarde, esses núcleos deram origem a arraiais que se tornaram vilas e depois cidades, dando origem a novos municípios.

DE CATUABA A OUVIDOR


Fonte: SEBRAE - Projeto se Liga no Futuro


O município de Ouvidor está instalado em uma planície localizada ao sul do município de Catalão. A região era conhecida como Catuaba, graças à abundância desta planta de uso medicinal. A catuaba é um arbusto ornamental, de flores amarelas, ao qual comumente se atribui qualidades afrodisíacas.
Assim, quando os primeiros moradores se fixaram suas residências, a localidade tomou o nome de Catuaba. Esse nome permaneceu até a inauguração da estação ferroviária, em trinta de dezembro de 1922. Essa estação recebeu o nome de Ouvidor por causa do Ribeirão Ouvidor que corta a planície.
A escolha do nome causou polêmica na época. Naturalmente, o primeiro nome sugerido foi Catuaba. Mas a chefia da Estrada de Ferro acabou optando por Ouvidor.
Ouvidor praticamente não teve fundador. Surgiu com o advento da estrada de Ferro. O início da exploração do terreno para o assentamento da ferrovia, com a abertura de picadas para o leito entre Catalão e o Rio Paranaíba, e a preparação de bases para a construção da Estação, moradia para ferroviários e o galpão para abrigar as locomotivas em Ouvidor deram a arrancada para a aproximação mais efetiva entre os proprietários de terras, os camponeses e os ferroviários para a comercialização de produtos da região.
O povoado começou a crescer de tal forma que foi inevitável a transformação em Distrito de Catalão, embora isso tenha ocorrido somente em 1948, através da lei nº 24. Cinco anos mais tarde, o distrito de ouvidor chegaria à condição de município através da lei nº 824, de 19 de outubro de 1953. A sua instalação definitiva se deu em 1º de janeiro de 1954.
Atualmente, o Município de Ouvidor conta com aproximadamente 6.500 habitantes, incluindo todas as faixas etárias.

sábado, 6 de junho de 2009

Saudações

Olá colegas,
É muito bom estar com vocês e poder desfrutar deste recurso tecnológico para trocarmos algumas ideias e experiências profissionais.